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Bovinos de Corte    
Suplementação alimentar durante o verão gera lucro
Plano nutricional deve abranger as épocas da seca, das águas e o confinamento para que o produto seja bom e rentável
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Pedro Zuazo
22/10/2010

A suplementação alimentar de bovinos no verão pode gerar um produto de mais qualidade, aumentando os lucros do produtor. Além de incrementar o ganho de peso vivo em até 20%, a prática influencia no peso de carcaça do animal, que passa de 500 para 580 gramas. Estudos inéditos da Agência Paulista da Tecnologia dos Agronegócios (APTA) mostraram que a suplementação é importante durante toda a vida do animal, tanto na época da seca como na época das águas.

De acordo com o zootecnista Gustavo Rezende Siqueira, os pesquisadores ainda estão muito focados em avaliar a atividade de forma fragmentada, analisando as épocas da seca, das águas e o confinamento separadamente. Mas quando o processo é analisado com um todo percebe-se que uma mudança no planejamento alimentar dos animais durante a vida produtiva pode custar caro.

— Quando se começa uma estratégia de suplementação, é preciso saber o que vai fazer tanto na época da seca quanto na das águas. Também é importante saber se vai terminar esse animal a pasto ou em confinamento. Um plano nutricional estabelecido para a vida daquele animal deve ser mantido e, por mais que a gente tenha alterações econômicas de aumento ou redução de preço de arroba ou insumo, temos visto que o impacto na mudança da alimentação pode trazer muito mais prejuízos — explica o pesquisador da APTA.

De acordo com Siqueira é necessário traçar estratégias para cada época. Na época da seca, o crescimento da pastagem é baixo e a porcentagem de material morto é alta, comparada à época das águas. Esse material se caracteriza por um baixo valor protéico, que varia de 3% a 6% do alimento. Uma das formas de realizar a sumplementação é oferecer para o bezerro, logo após a desmama, o proteinato, que é um adicional de 200 ou 250 gramas de produto processado que contém minerais, cerca de 10% de ureia e concentrado energético. Essa inclusão é normalmente feita na casa de 0,1% do peso vivo do animal (ou um grama por quilo de peso vivo). Mas, de acordo com Siqueira, se essa suplementação for elevada para até cinco gramas por quilo os gastos a mais se pagam.

— Nossas pesquisas têm revelado um bom retorno econômico com essa prática, mas é preciso tomar cuidado. Se você aumentar a suplementação do bezerro no pós-desmama tem que pensar que ele ainda tem uma vida inteira pela frente. Esse animal, que hoje tem seis meses, será nutrido por mais dois anos, até chegar o momento do abate. Ao aumentar o nível de suplementação em certa época do ano é preciso mantê-la na próxima época. Os planos nutricionais têm que ser sempre crescentes, ou podem causar prejuízos — alerta.

No período das águas, quando as pastagens apresentam teor de proteína e digestibilidade mais elevados, o produtor pode optar entre a suplementação por sal mineral, por proteinato de água, por protéicos energéticos ou por suplementação energética. A decisão depende da região onde o pasto está instalado e dos custos que o produtor pode gastar, mas algumas observações podem ser feitas. No caso de um pasto com mais de 10% de proteína bruta, por exemplo, a única suplementação viável é a energética.

— Vários fatores que contribuem para a melhoria de desempenho da suplementação. Temos visto em nosso trabalho que mesmo o proteinado, que teoricamente não seria necessário durante o verão, tem mantido uma relação de custo benefício na casa de 2,2. É um suplemento que colocamos em baixa inclusão, cerca de um grama por quilo, e que traz um retorno econômico muito bom, melhorando o ganho de peso em até 20% — explica.
 

Clique aqui, ouça a íntegra da entrevista concedida com exclusividade ao Jornal Dia de Campo e saiba mais detalhes da tecnologia.
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